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Gustavo Silvestre, com o seu projeto social Ponto Firme, desfilou 40 looks, na tarde desta segunda-feira (14) de outubro, no Museu do Ipiranga em SP, com a presença da modelo Isabella Fiorentino, a influenciadora Maya Massafera e a atriz Dandara Queiroz, e diversas personalidades estiveram prestigiando o estilista com as influenciadoras Gkay e Camila Coutinho.

Para marcar a sua décima participação no São Paulo Fashion Week, Gustavo Silvestre, com o seu projeto social Ponto Firme, escolheu Imponente Museu do Ipiranga – um dos mais completos e modernos museus da América Latina – como cenário para apresentar a coleção inédita do Verão 2025, em um momento que celebrou a moda e a cultura Brasileira. Nesta edição, o estilista apresentou 40 looks feitos com o seu Exclusivo “tecido de crochê”, confeccionados com o fio Cordonê da Círculo e Muitos paetês sustentáveis.
A locação surpreendente e simbólica é uma das características do estilista e sua marca homônima, que já desfilou no ano passado no icônico Edifício Copan, sendo um grande destaque. “Desde as últimas edições, busca aproximar de espaços públicos que são símbolos da cultura de São Paulo e do Brasil
Os modelos desfilarão em um percurso montado na área externa do Museu do Ipiranga. Entre os destaques do casting, estava a modelo ex apresentado do Esquadrão da Moda Isabella Fiorentino e a estreando na passarelas a influenciadora e modelo Maya Massafera, A influenciadora trans dividiu a passarela com a atriz e ativista indígena Dandara Queiroz, e a drag queen Halessia
1. A atriz Dandara Queiroz, foi quem abriu o desfile com um vestido curto e capas todo com diversos paetês brancos, com as Sandália Papete Plataforma NX Bold High Rider.

A modelo é apresentadora Isabella Fiorentino, desfilou com um vestido de frete única midi, com franjas e paetês dourado fosco
Isabela postou em suas redes sociais, “Sempre é uma grande alegria pisar numa “passarela” no SPFW (vi essa semana de moda nascer com Paulo Borges na época que ainda se chamava Morumbi Fashion! ). Mas participar de um desfile tão simbólico, com modelos tão diversas, e acima de tudo poder mostrar o talento de Gustavo Silvestre através do seu trabalho com o Projeto Ponto Firme me enche de orgulho! “ diz Isabella Fiorentino.
Maya Massafera exibiu um look composto por brancos nada básico, com transparência, fenda e recortes nas mangas. No ensaio, antes do desfile, a influenciadora e apresentadora levou um tombo e caiu nos ladrilhos dos jardins do Museu do Ipiranga. O salto plataforma da grife realmente era meio complicado. Mas no desfile mesmo, mandou bem e fez uma estreia digna e elegante.
No final do desfile todos os modelos ocuparam escadaria do Museu, e Gustavo e sua equipe surgiu com uma camiseta em protesto contra as empresas que fazem copias de roupas: "Cópia mata a criação", dizia a blusa.
Após o desfile, Gustavo Silvestre disse que resolveu levantar esta questão porque tem visto muitas grifes de porte copiarem seu trabalho, sem os valores que sua marca e o Projeto Ponto Firme colocam em cada peça. “Faz 9 anos que tenho desenvolvido esser trabalho de inclusão e de descobrir novas formas de trabalhar o crochê, com paetês e outros produtos que são transformados a partir de descartes da indústria de plástico. Essas marcas usam paetês comuns e não pagam os profissionais crocheteiros com o valor que merecem”, desabafou.
Sobre o Projeto Ponto Firme
O Projeto Ponto Firme surgiu em 2015 a partir de uma iniciativa voluntária do Gustavo Silvestre. Leva afeto, design e estética para dentro de uma penitenciária e promove transformação social através da moda e do crochê para detentos e egressos do sistema prisional.
Depois foi estendido para egressos do sistema penitenciário e para pessoas em situação de vulnerabilidade, como trans, refugiados e mulheres vítimas de abusos.
O “tecido de crochê”, resultado de quase uma década de estudos desta técnica manual que Silvestre domina e ensina foi a grande estrela do desfile. “Ele consiste em um trabalho 100% manual, que utiliza os mais diversos tipos de materiais embutidos na trama do crochê, usando fio Cordonê da Círculo, que é levemente cintilante, para poder construir peças com brilho na medida certa, luxuosas e coloridas harmonicamente”.
A coleção é um desdobramento da pesquisa sobre esse novo tecido desenvolvido à mão, que aparecerá de forma inusitada em vestidos, macacões, saias e tops. “São looks inéditos e exclusivos que exaltam a beleza e o caimento dessas tramas únicas tecidas com paetês especiais totalmente sustentáveis, desenvolvidos a partir do descarte da indústria do plástica”.
Para se ter uma ideia, cada peça de crochê executada, pode ter até nove profissionais envolvidos de ponta a ponta em todas as etapas, até 500 horas de produção, mais de 450 metros de fios em crochê e mais de 2,8 mil paetês de materiais recicláveis utilizados. Todas as peças são criadas, supervisionadas e finalizadas por Gustavo Silvestre, que desenvolveu uma nova forma de se trabalhar com o crochê, em detalhes e texturas. “É preciso valorizar esse trabalho de pesquisa, criação e produção", completa Silvestre.