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A cerimônia de abertura das Olimpíadas 2024 aconteceu na tarde desta sexta-feira. O evento contou com o desfile das delegações pelo Rio Sena e por apresentações artísticas de alguns cantores, entre eles a francesa Aya Nakamura.

Aya Nakamura é a artista francesa mais ouvida no mundo e soma mais de seis bilhões de ouvintes nas plataformas.

Aos 29 anos, ela coleciona sucessos em sua carreira e se tornou a cantora francesa mais ouvida no mundo - coleciona mais de seis bilhões de ouvintes nas plataformas de música. Aya foca na mistura do pop com o R&B em seus hits. Os principais são: "Djadja" "Copines" e "Pookie".

Djadja é a música de maior sucesso e já possui quase um bilhão de reproduções no YouTube. Aya já lançou o seu quarto álbum, que nomeou DNK e lançou no ano passado. Neste ano, ganhou o prêmio de melhor artista feminina no "Victoires de la Musique", que premia grandes nomes da música francesa.

Aya interpretou um clássico de Charles Aznavour - acompanhada pela Guarda Republicana. Extremamente famosa na França, ela sofreu ataques de políticos e influencers da extrema-direita francesa ao ser anunciada como uma das atrações da abertura das Olimpíadas. Ela nasceu em Bamako (Mali), mas foi criada na França e, por isso, se tornou alvo das críticas por questões políticas.

O assunto inclusive virou debate em alguns comícios políticos na França. A cantora chegou a usar as redes sociais para responder uma das ofensas.

Vocês podem ser racistas, mas não surdos. É isso que faz mal para vocês! Virei assunto número 1 nos debates, etc, mas eu lhes devo o que exatamente? Nada - escreveu Aya.

Nascida em Bamako, Mali, e criada na França, Nakamura é uma representante da música urbana francófona e uma das artistas mais ouvidas do país atualmente. Com hits como "Djadja," "Copines," e "Pookie," ela mescla afrobeat, pop e R&B. Na abertura, ela interpretará clássicos do tradicional cantor Charles Aznavour, unindo tradição e modernidade. A cantora tem 97,7 milhões d ouvintes mensais no Spotify.

Em um comício no último domingo, o político Eric Zemmour, do partido Reconquête!, usou a cantora para criticar as mudanças culturais no país. Os futuros bebês não têm cultura, eles não sabem de nada, mas detectam a beleza, eles amam essa beleza [...] eles não votam no rap, nem na lambada, nem na Aya Nakamura: eles votam em Mozart em 91%!"

Já o presidente francês Emmanuel Macron defendeu a cantora franco-malinense. Ele viu sua escolha para o evento com bons olhos: "Ela fala para muitos dos nossos compatriotas e eu acho que ela tem todo o direito de estar em uma cerimônia de abertura ou de encerramento dos Jogos."